10 de março de 2011 | 14h09
NOVA DÉLHI - Pelo menos 18% da água fornecida aos lares de Nova Délhi pelo Conselho de Águas da cidade (DJB) contém restos de sedimentos humanos, conforme revelou nesta quinta-feira um comitê da Corporação Municipal (MCD) da capital indiana.
O comitê de saúde pública do MCD coletou amostras de água em todas as áreas da cidade distribuída pela DJB, uma entidade pública encarregado de fornecer o líquido a mais de 60% dos lares delhíes. "Tomamos 616 amostras de água em diferentes regiões. Delas, 111 continham contaminação fecal", disse o presidente do comitê de saúde pública do MCD, V.K. Monga à agência indiana "Ians".
De acordo com Monga, as águas contaminadas podem transmitir doenças como cólera, gastrenterite, febre tifóide e icterícia, entre outras.O estudo se refere aos meses de janeiro e fevereiro, e as provas foram realizadas no Laboratório de Saúde Pública do MCD. De acordo com o chefe do comitê, a contaminação fecal ocorre porque existem conexões entre a rede de provisão e a de desaguamento, pelas deficiências no sistema de encanamentos e as interrupções na provisão de água.
O problema da água foi denunciado em algumas ocasiões na Índia, tanto em seu vertente de consumo, como na situação dos grandes rios, que são depositários de maciços vertidos industriais e fluem poluídos. Em diferentes regiões se acharam níveis intoleráveis de arsênico nas águas destinadas ao consumo, e na região de Punjab, no norte, se reportaram numerosos problemas derivados do vazamento de pesticida no subsolo.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.