PUBLICIDADE

Estudo diz que Austrália deveria cortar emissão de CO2 em 80%

Para Garnaut, Canadá deveria cortar 80%, os Estados Unidos em 81%, o Japão em 75% e a União Européia em 69%

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Uma determinação do governo australiano, de corte em 60% de suas emissões de gases estufa até a metade do século, não basta para deter o aquecimento global e deveria ser estendida para uma meta de corte de 80%, recomendo um relatório nesta sexta-feira, 5.   Veja também:  Austrália deve aumentar gasolina contra aquecimento   O primeiro-ministro Kevin Rudd foi eleito no ano passado com a promessa de cortes de 60% até 2050 - objetivo mais ambicioso que o acordo de 50% do grupo do oito países mais industrializados do mundo, firmado em julho.   No entanto, Ross Garnaut, um economista comissionado pelo governo para estudar como a Austrália deveria responder à mudança climática, publicou nesta sexta um relatório recomendando a meta de 80% para 2050 e uma meta parcial de 10% para 2020.   Tais cortes serão necessários se a Austrália quiser reduzir sua parte no fardo da concentração de dióxido de carbono na atmosfera a 550 partes por milhão, disse.   O Canadá deveria cortar na mesma proporção, os Estados Unidos em 81%, o Japão em 75% e a União Européia em 69%, diz o relatório.   Com o propósito de equalizar as emissões em uma base per-capita, o relatório diz que o nível da China só precisará cair 4% e o da Índia poderia crescer em 230%.   O nível de 550 ppm ainda é considerado "de grande risco para a economia australiana", mas países em desenvolvimento não concordaram em uma meta mais segura de 450 ppm, disse ele.   "A Austrália agora deve indicar sua vontade de fazer a sua parte no futuro, e se possível acelerar o movimento em direção a uma meta global mais ambiciosa que os 550 ppm", disse Garnaut.   Os Grupos ambientalistas Australian Conservation Foundation e Instituto Climático consideraram a meta de 550 ppm muito alta. Eles pediram ao governo que determine uma meta de redução das emissões para 2010 em mais que o dobro dos 10% propostos por Garnaut.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.