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Estudo identifica 50 moléculas para fármacos

Moléculas bioativas podem gerar produtos para o tratamento de osteoporose e câncer e para reposição hormonal

Por Agencia Estado
Atualização:

Um projeto de pesquisa desenvolvido no Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da Universidade de São Paulo (USP), está avaliando uma série de moléculas bioativas. Essas são potenciais candidatas a novos fármacos para o tratamento da osteoporose, dos cânceres de mama e de útero e da reposição hormonal. O estudo, coordenado pelos professores Igor Polikarpov e Adriano Andricopulo, já identificou 50 moléculas, todas com potencial para serem sintetizadas pela indústria farmacêutica. Em todo o corpo humano há 48 proteínas (receptores nucleares) que regulam o metabolismo e a ação hormonal. A proposta do estudo é explorar ligantes do receptor de estrógeno do sistema reprodutivo feminino para encontrar moléculas com elevado potencial terapêutico. Universidade e indústria ?Esse projeto tem uma característica importante, que é a associação de competências entre universidade e indústria, em busca de um objetivo único. O que pretendemos é descobrir alguns ligantes do receptor de estrógeno que sejam candidatos a novos fármacos?, disse Polikarpov. Para o desenvolvimento de novos medicamentos, é utilizada uma combinação de métodos computacionais e experimentais avançados. Com base em estruturas tridimensionais de receptores nucleares, é possível obter subsídios para encontrar compostos químicos que se encaixam no sítio ativo das proteínas. ?As moléculas bioativas com perfil farmacodinâmico e farmacocinético privilegiado são sintetizadas e depois avaliadas biologicamente por meio de ensaios cinéticos e celulares padronizados?, conta. Polikarpov acredita que o processo de pesquisa básica do projeto, que inclui a síntese e avaliação biológica das 50 moléculas propostas pelo grupo, deverá levar de dois a quatro anos. O período de pesquisa transcorrido entre o projeto inicial e o lançamento do medicamento varia de 12 e 15 anos.

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