PUBLICIDADE

Estudo identifica novos genes no cromossomo X

Foram localizadas 43 novas estruturas que codificam proteínas. Alguns genes estão em áreas relacionadas a doenças

Por Agencia Estado
Atualização:

Mais novidades sobre o cromossomo X. Um grupo de pesquisadores da Índia e dos Estados Unidos acaba de completar uma extensiva análise desse cromossomo, descobrindo dezenas de novos genes, muitos deles localizados em regiões relacionadas a doenças. O estudo, publicado na edição de abril da revista Nature Genetics, foi conduzido a partir da comparação sistemática do cromossomo X humano com informações genéticas de chimpanzés, ratos e camundongos. Nas regiões semelhantes entre o homem e o camundongo, os pesquisadores identificaram 43 novas estruturas genéticas que codificam proteínas. Alguns dos genes encontrados estão em áreas relacionadas a problemas comumente relacionados ao cromossomo X, como o retardo mental. O mais notável, de acordo com os autores do estudo, é que metade dos genes descobertos não se parece com nenhum gene anteriormente conhecido. O trabalho também mostrou que alguns dos chamados pseudogenes do cromossomo X são, na realidade, expressos - ou transcritos -, o que contradiz a noção comumente aceita de que eles não teriam função alguma. Os responsáveis pelo estudo acreditam que os resultados agora relatados devem estimular a pesquisa dos problemas associados ao cromossomo X e também a análise de outros cromossomos. Similaridades Durante 18 meses, um grupo de 26 cientistas trabalhou em cima das seqüências do cromossomo X disponibilizadas por institutos como o Wellcome Trust Sanger, da Inglaterra, para identificar genes e outras partes importantes do DNA. Os pesquisadores decidiram procurar por similaridades entre as instruções de codificação de proteínas do cromossomo humano e regiões correspondentes nos genes dos animais. As partes consideradas idênticas, ou com muitas semelhanças, foram separadas e examinadas detalhadamente. ?A abordagem inicial foi que, se uma região genética é importante e responsável pela codificação de uma proteína, a seqüência seria conservada no nível dessa mesma proteína?, explicou Akhilesh Pandey, da Universidade John Hopkins (EUA), e do Instituto de Bioinformática de Bangalore (Índia), onde foi feita a análise. ?Desse modo, mesmo se a seqüência genética fosse diferente em alguns pontos, a seqüência protéica continuaria a mesma?, explicou ele, em comunicado da instituição norte-americana. No estudo, os cientistas aproveitaram a redundância inerente no código genético. Mesmo código Os quatro componentes do DNA - adenina, timina, citosina e guanina, ou A, T, C e G - dão instruções para proteínas em conjuntos de três. Esses conjuntos estabelecem códigos para apenas um dos 20 possíveis ?blocos de construção? das proteínas, os aminoácidos, mas alguns deles codificam os mesmos aminoácidos. Por exemplo, as seqüências TTGAGGAGC e CTACGATCA, embora diferentes, especificam os mesmos três aminoácicos: leucina, arginina e serina, nesta exata ordem. ?Em vez de dizer ao computador o que procurar, nós deixamos a natureza dizer à máquina o que era mais importante. Quando alinhamos as instruções de codificação das proteínas do homem e do camundongo, os genes simplesmente saltaram aos nossos olhos?, disse Pandey. O estudo foi publicado com o título A manually curated functional annotation of the human X chromosome. acesse:  Nature Genetics  mais sobre o cromossomo X

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.