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Estudo indica ligação entre pesticidas e Parkinson

"Uso de pesticidas tem uma influência importante no risco ocupacional de desenvolvimento de Parkinson"

Por Agencia Estado
Atualização:

A antiga suspeita de que a exposição a pesticidas estaria ligada ao aparecimento da doença de Parkinson ganhou força com a publicação de um estudo liderado pela Universidade de Aberdeen, na Escócia. A pesquisa, divulgada na edição eletrônica da revista New Scientist, avaliou mais de 3 mil pessoas (767 portadoras de Parkinson) em cinco países europeus: Escócia, Itália, Suécia, Romênia e Malta. Os estudados tinham por volta de 60 anos e histórico de vida e saúde bastante semelhantes, mas eram expostos a pesticidas em freqüências diferentes. "Nossa avaliação mostrou que o uso de pesticidas tem uma influência importante no risco ocupacional de desenvolvimento de Parkinson", disse à revista Anthony Seaton, que dirigiu a pesquisa. Segundo os cientistas, os que praticam jardinagem e por isso são expostos a índices elevados de pesticidas são até 43% mais propícios a desenvolver Parkinson do que os que não se expõem aos produtos. Em pessoas que se expõem com uma freqüência menor, este índice é de 9%. A doença de Parkinson é neurológica e degenerativa, que afeta os movimentos, e ainda não tem cura. A pesquisa não identificou que tipo de pesticida traria mais riscos à saúde e cientistas apressaram-se a frisar que os fatores genéticos e hereditários são o que, até agora, mais influem no desenvolvimento do Parkinson. O comitê que aconselha o governo britânico sobre pesticidas pediu avaliações mais específicas, que abordem os produtos químicos individualmente.

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