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Estudo indica que aspirina previne câncer de cólon

Benefício, porém, só ocorre a longo prazo e em mulheres que usaram grandes doses do medicamento por período prolongado

Por Agencia Estado
Atualização:

O uso prolongado de aspirina ajuda a prevenir o câncer de cólon, mas só se o paciente tomar doses altas, que, por sua vez, aumentam o risco de hemorragia intestinal, segundo um artigo da revista da Associação Médica dos EUA. Para o estudo, publicado nesta semana, os pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts e do Hospital Brigham and Women´s de Boston estudaram a informação sobre mais de 120.000 enfermeiras, recolhidas desde meados da década de 70 e consideraram que os resultados valem também para os homens. Milhões de pessoas tomam o que se considera uma dose standard de aspirina - um comprimido de 325 miligramas - por dia para a prevenção ou como complemento do tratamento de doenças cardiovasculares. Outros pacientes tomam aspirina em doses menores para dores crônicas. "Nosso estudo descobriu que o uso prolongado da aspirina protege contra o câncer invasivo colo-retal, mas só em doses consideravelmente mais altas do que as que se usam para a prevenção de males cardiovasculares", explicou Andre Chan, do Hospital Geral de Massachusetts, quem encabeçou a pesquisa. As doses mais altas a que ele fez referência são as de dois comprimidos de 325 miligramas por dia. Outros remédios antiflogísticos que não contêm aspirina nem esteróides, conhecidos como NSAIDs em inglês, e que compartilham vários mecanismos de eficácia com a aspirina "exercem um benefício antineoplásico similar" (de prevenção de tumores), acrescentou o estudo. Mas o benefício máximo destes tratamentos na prevenção do câncer de cólon ocorre a longo prazo: uma redução de 53% no nível de risco de tumores entre mulheres que tomaram mais de 14 comprimidos de aspirina por semana durante mais de dez anos. Entre as mulheres que tomaram de seis a 14 comprimidos por semana, durante mais de 10 anos, a redução do risco foi de 22%.

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