21 de fevereiro de 2008 | 14h56
Destroços de um satélite de espionagem dos Estados Unidos estão sendo rastreados sobre o Oceano Pacífico e aparentemente são pequenos demais para causar danos na Terra, disse um oficial militar de alta patente horas depois de a Marinha atingir o veículo espacial com um míssil. Veja também: EUA acertam míssil contra satélite defeituoso China critica e pede explicações sobre derrubada de satélite O general James Cartwright, vice-presidente do Estado-Maior das Forças Armadas e especialista em tecnologias militares espaciais, disse, durante uma entrevista coletiva, que há um "algo grau de confiança" de que o míssil atingiu o ponto exato pretendido. Foi uma missão inédita para a Marinha, tão excepcional que a ordem final para executá-la partiu do secretário de Defesa Robert Graves, e não de um comandante militar. Cartwright estima que há uma chance de 80% a 90% de o míssil ter atingido em cheio o tanque de combustível do satélite, que continha quase 500 kg de hidrazina, substância que poderia representar um risco para a saúde humana se caísse em uma área povoada. Referindo-se a um vídeo do míssil atingindo o satélite, Cartwright disse que "temos uma bola de fogo, e como não havia combustível na ogiva do míssil, isso indica que foi a hidrazina". Ele advertiu, no entanto, que uma análise técnica mais demorada será necessária para determinar que tipos de destroço foram criados e onde cairão. O satélite foi descrito como tendo o tamanho de um microônibus e pesando 2,2 toneladas. O general declarou que, até agora, destroços só foram avistados na atmosfera e nenhum havia chegado ao solo. A interceptação por míssil poderá atrair a desconfiança de setores da comunidade internacional, que poderão ver o evento como um teste mal disfarçado de armas para uso no espaço.
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