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EUA cedem e G8 chega a acordo sobre clima, diz Chirac

O Greenpeace e outras organizações que enviaram delegações a Gleneagles afirmam que os líderes do G8 perderam a oportunidade

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente francês, Jacques Chirac, afirmou que os líderes do G8 reunidos em Gleneagles, na Escócia, chegaram a um acordo para uma declaração final sobre como agir para conter o aquecimento global. Chirac disse que foi possível chegar a um acordo devido a "uma mudança de atitude por parte dos Estados Unidos" em relação ao assunto. O líder francês afirmou que o acordo "não avançou tanto quanto" ele gostaria, mas serviu para "restaurar o diálogo" entre os sete países do grupo que assinaram o Protocolo de Kyoto e os Estados Unidos, que rejeitam o tratado. Segundo Chirac, a França havia imposto várias condições para que uma declaração conjunta fosse possível - entre elas, o reconhecimento de que o aquecimento global é causado pelo homem e de que é preciso uma ação "urgente" para combater o problema. As declarações do presidente francês sugerem que essas condições devem estar refletidas no rascunho da declaração final, mas Chirac não deixou claro que tipo de ação por parte do G8 a declaração final vai conter. "Conseguir fazer com que (o presidente americano, George W.) Bush concorde que o aquecimento global está acontecendo e é provocado pelo homem não é o grande sucesso que está sendo passado à imprensa", disse Stephen Tindale, da Greenpeace. O Greenpeace e outras organizações não-governamentais que enviaram delegações a Gleneagles afirmam que os líderes do G8 perderam uma oportunidade para estabelecer uma "agenda efetiva" de combate ao problema. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os líderes da Índia, China, África do Sul e México, participaram das reuniões sobre o assunto e entregaram um comunicado ao G8 em que pediram aos países desenvolvidos que liderem uma ação internacional para combater as mudanças climáticas. Segundo o Greenpeace, os cinco enviaram uma "mensagem forte" sobre a necessidade de se melhorar o Protocolo de Kyoto e de que os países desenvolvidos compartilhem com os países em desenvolvimento uma tecnologia de energia sustentável.

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