EUA elevam críticas ao Protocolo de Kyoto

É parte da estratégia americana para a 10.ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática

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Por Agencia Estado
Atualização:

O representante do Departamento de Estado dos EUA para temas ambientais, Harlan Watson, iniciou uma nova ofensiva contra o Protocolo de Kyoto e os países que querem a adesão americana. Trata-se de uma estratégia para reforçar a posição do governo George W.Bush antes da 10.ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, que começa segunda-feira em Buenos Aires. Além de reiterar as críticas ao tratado internacional que estabelece metas para redução das emissões de gases poluentes, Watson criticou os signatários. "Nós gastamos mais em ciência e tecnologia do que qualquer país no mundo", afirmou. Chefiando a delegação americana que irá a Buenos Aires, Watson disse que a conferência deveria "mirar além de 2012", numa referência ao prazo estabelecido no Protocolo de Kyoto para que os países desenvolvidos reduzam suas emissões de gases aos níveis 5,2% abaixo do que era registrado em 1990. Segundo o representante, o presidente George W. Bush propôs uma dotação de US$ 5,8 bilhões para programas ligados às mudanças climáticas e incentivos ao setor energético no orçamento de 2005. Ele garantiu que os Estados Unidos reduziram suas emissões de gases em pelo menos 1% entre 2000 e 2002 e que pretendem baixar em 18% até 2012, mesmo sem aderir ao Protocolo de Kyoto. Os americanos respondem por pelo menos 36% do total dos gases emitidos no planeta, o maior porcentual entre todos os países. Em 1998, o então presidente Bill Clinton assinou o tratado, que deveria ser ratificado pelos parlamentos dos países signatários. Com a eleição de Bush, a ratificação não veio. O republicano reritou o apoio em março de 2001, tornando-se alvo de críticas crescentes por parte da comunidade internacional.

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