O Governo dos Estados Unidos começou a investigar a resposta dada pelo cardeal de Los Angeles, Roger Mahony, aos casos de abuso sexual cometidos por padres contra menores de idade em sua arquidiocese, informou nesta quinta-feira, 29, a imprensa. Veja também: Arquidiocese nos EUA vende sede para pagar indenizações O jornal Los Angeles Times, que citou como fonte dois policiais vinculados ao caso, declarou que da investigação "participa pessoalmente o promotor federal Thomas O'Brien". A investigação "tenta determinar se Mahony, e possivelmente outros líderes eclesiásticos, cometeram fraude ao não tratarem adequadamente os sacerdotes acusados de abuso sexual de menores", diz o jornal. Os promotores empregam uma lei federal segundo a qual é "ilegal o acordo com outras pessoas para privar alguém do direito intangível de um serviço honesto". As vítimas, acrescentou o jornal, seriam os católicos que acreditaram que Mahony e outros líderes da Igreja Católica protegeriam suas crianças dos sacerdotes que cometiam abusos. "A investigação esteve em andamento pelo menos desde o final do ano passado", acrescentou a matéria. O advogado J. Michael Henningan, que representa Mahony e a arquidiocese, confirmou ao jornal que os promotores federais entraram em contato com eles e pediram "informação sobre vários sacerdotes, dos quais pelo menos dois morreram". Dois anos atrás a arquidiocese aceitou pagar US$ 660 milhões a 508 pessoas que tinham acusado sacerdotes de abusos sexuais. A compensação foi a maior em uma série de escândalos que envolveram cerca de 5.500 sacerdotes em todo o país e que custaram à Igreja Católica nos Estados Unidos cerca de US$ 2 bilhões.