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EUA mantêm liderança mundial em ciência e tecnologia

No entanto, entre possíveis ameaças para liderança, relatório cita países da União Européia e a China

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Por Redação
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Os Estados Unidos continuam sendo líderes nos campos de ciência e tecnologia no mundo todo, revelou um relatório divulgado nesta quinta-feira, 12, pela Corporação Rand. No entanto, a organização sem fins lucrativos adverte que outros países poderiam ameaçar essa liderança, e estão aumentando os investimentos na capacitação de seus habitantes em matérias relacionadas aos setores de ciência e tecnologia. Entre eles cita os países da União Européia e a China, que estão graduando em suas universidades cientistas e engenheiros em número maior que os Estados Unidos. Porém, os números mencionados pela Corporação Rand sobre a liderança americana são ilustrativos. O relatório indica que os Estados Unidos são responsáveis por 40% de toda a despesa mundial em pesquisa e desenvolvimento científico, empregam 70% dos ganhadores do prêmios Nobel e abrigam 30 das 40 universidades mais prestigiadas do planeta. A liderança americana conta com um fluxo permanente de engenheiros e cientistas estrangeiros, mesmo com outros países tendo aumentado os investimentos em pesquisa e desenvolvimento durante os últimos anos, aponta. Os estudantes, cientistas e engenheiros estrangeiros foram um fator-chave que permitiu que a força de trabalho para a ciência e a engenharia crescesse mais rapidamente em comparação com a graduação universitária de cientistas e engenheiros nascidos no país. O documento também adverte que a contribuição estrangeira poderia estar em risco como resultado de uma redução na concessão de vistos para imigrantes especializados. A diminuição no fluxo destes cientistas e engenheiros poderia forçar as empresas americanas a buscar esses talentos no exterior, e transferir suas instalações a outros países. "Em vez de proteger as fontes de trabalho, isto poderia levar a uma redução dos investimentos e do emprego", assinala o texto. Segundo Titus Galama, um dos autores do relatório, a preocupação americana de perder a liderança mundial em ambos os campos não tem fundamentos. No entanto, acrescenta que é necessário que o país "faça um esforço para garantir e aumentar sua atual posição". Nos últimos anos, cerca de 70% dos engenheiros e cientistas estrangeiros que se graduaram em universidades americanas decidiram ficar no país, segundo o relatório. No entanto, essa percentagem poderia cair caso se melhorem as condições para a pesquisa e os salários no exterior, assinala. Para manter e melhorar a liderança americana, o documento recomenda que os Estados Unidos criem um organismo permanente para analisar o rendimento científico e tecnológico do país. Também sugere que se facilite a permanência por tempo indefinido de cientistas e engenheiros estrangeiros que tenham se graduado em universidades americanas, e o fluxo de força de trabalho especializada ao país. Além disso, propõe aumentar a capacidade americana de adquirir conhecimentos de outros centros científicos de Europa, Japão, China, Índia e outros países. Por último, destaca a importância de melhorar a educação dos estudantes do ensino médio nos campos de ciência e tecnologia.

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