Europa lança programa para monitorar o lixo espacial

Apresentado em janeiro, plano ganha urgência após colisão de satélites da última semana

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Por Associated Press
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Temendo pela multidão de satélites na órbita da Terra, a Agência Espacial Europeia (ESA) lançou um programa para monitorar destroços no espaço e criar um conjunto de normas para evitar futuras colisões sobre o planeta, disse um representante da entidade. Restos de satélites ficarão no espaço por 10 mil anos, diz russoColisão entre satélites cria nuvem de destroços no espaçoSocrates: risco de colisão entre satélites Assista à colisão no site Satellite Tracker O programa, de US$ 64 milhões, chamado Consciência Situacional do Espaço, tem por objetivo aumentar a informação disponível para os cientistas na Terra a respeito dos cerca de 13 mil satélites e outros objetos artificiais que orbitam o planeta, disse o especialista em lixo espacial da ESA, Jean-Francois Kaufeler. O programa havia sido lançado em janeiro. Em 10 de fevereiro, a colisão de dois satélites gerou lixo espacial que poderá circular o planeta ou ameaçar outros satélites por at[é 10 mil anos. "O que esse último acidente mostra é que precisamos fazer muito mais. Precisamos receber dados muito mais precisos, para podermos evitar futuras colisões", disse Kaufeler, a respeito da colisão. O choque ocorreu a 800 km de altitude, sobre a Sibéria, e envolveu um satélite russo abandonado e um satélite comercial de comunicações ainda ativo. Um elemento essencial do programa é aumentar a quantidade de informações compartilhadas entre as diversas agências espaciais, incluindo a Nasa e a Roscosmos, da Rússia. Kaufeler também disse que outro aspecto a analisar é o estabelecimento de um padrão internacional para a descrição, rastreamento e, se necessário, remoção dos dejetos orbitais. Autoridades dos EUA e da Rússia trocaram farpas sobre a responsabilidade da colisão da semana passada. Especialistas vão se reunir nesta semana em Viena, Áustria, para um seminário das Nações Unidas sobre como evitar colisões futuras. Em março, ocorre uma conferência europeia sobre o tema.

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