Fenômeno climático no Sul é inédito, diz professor

Pesquisador da UFRJ diz que cliclone extratropical adquiriu forças de furacão e atingiu continente, quando o normal é permanecer no oceano

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Por Agencia Estado
Atualização:

O professor do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Valdo da Silva Marques, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Meteorologia, disse neste domingo que é inédito no País o fenômeno climático ? classificado por ele como ciclone extratropical ? nas cidades de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, com ventos de até 150 quilômetros por hora, ?adquirindo forças de um furacão?. ?Acho que as providências foram tomadas, mas não estamos preparados para receber um fenômeno dessa natureza. Da maneira como chegou, é inédito?, declarou Marques. ?Os colegas de Santa Catarina trabalharam muito bem, a análise foi correta, mas é claro que a informação não chega a todos. Barcos pesqueiros não tomaram conhecimento, e alguns estão desaparecidos?, disse ele. O professor disse que é comum a formação de ciclones semelhantes nesta época do ano, mas no oceano, não no continente. Ele acredita que o ciclone tenha se desprendido de uma frente fria e se deslocado para o oeste. Marques disse ainda que ventos de 150 quilômetros por hora são característicos de um furacão, mas outras características, como ter surgido em águas frias, tendo portanto um núcleo frio, permitem a conclusão de que se trata de um ciclone extratropical. Segundo ele, a análise do fenômeno não pode ser feita apenas com base em fotos de satélite. Leia mais Hospitais de Criciúma atendem 500 vítimas do Catarina Falta energia em municípios de Santa Catarina Torres teve 400 casas destelhadas e 150 desabrigados

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