
13 de julho de 2009 | 15h13
escoberta feita na Austrália de fósseis de peixes placodermos com embriões em seu interior indica que a fertilização interna data do período Devoniano, há quase 400 milhões de anos, e que algumas espécies aquáticas tinham órgãos de inseminação parecidos com os dos tubarões atuais.
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Uma equipe de cientistas da Universidade de Western Australia, liderada por Kate Trinajstic, publicou nesta segunda-feira, 13, na revista científica Nature, os últimos dados das pesquisas desses fósseis, cuja descoberta foi anunciada em fevereiro de 2008.
Em seu artigo, os especialistas confirmam que as características dos fósseis encontrados e a presença de embriões indicam que a fertilização interna é mais antiga do que se pensava e começou pelo menos na era Devoniana (há 380 a 360 milhões de anos), quando estava ocorrendo a transição de animais aquáticos para a terra.
Os placodermos, também chamados de "dinossauros do mar", são um grupo extinto de peixes com mandíbula, que imperou entre os vertebrados durante a era Paleozóica (que inclui o período Devoniano) e que tinham escamas ósseas como uma couraça sobre cabeça e corpo.
Os cientistas acreditam que sua enigmática anatomia pode fechar conclusões sobre a evolução dos vertebrados com mandíbula, incluindo os seres humanos.
Os especialistas afirmaram que alguns placodermos tinham órgãos reprodutores parecidos com os dos atuais tubarões. Ao analisar os fósseis, a equipe de Kate encontrou um desses órgãos em um Incisoscutum macho, uma espécie de placodermo pertencente ao importante grupo dos artródiros, afirmam os autores do trabalho na Nature.
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