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FHC abre encontro preparatório para Rio+10

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Fernando Henrique Cardoso abre no domingo, no Rio, o último encontro internacional preparatório da Rio+10, a Cúpula Mundial de Desenvolvimento Sustentável, que acontece entre os dias 26 de agosto e 4 de setembro em Johannesburgo. O presidente vai discutir com os outros dois chefes de Estado anfitriões de conferências da ONU sobre ambiente - o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, e o primeiro-ministro da Suécia, Görran Persson - as expectativas para a cúpula e a análise dos avanços e retrocessos de temas ambientais desde a primeira conferência da série, realizada em 1972 em Estocolmo (Suécia). "Queremos mobilizar a sociedade brasileira para a importâncias das discussões que vão ocorrer em Johannesburgo", disse hoje o ex-secretário de Meio Ambiente de São Paulo Fábio Feldman, um dos organizadores do evento. Para Feldman, há riscos de que a Rio + 10 se transforma em "Rio -20" por causa da falta de compromisso de alguns países do mundo com o desenvolvimento sustentável. O encontro não faz parte da agenda oficial da ONU. Ele é organizado pelo governo brasileiro para tentar mobilizar a opinião pública brasileira e mundial sobre os temas que serão discutidos na África do Sul. O governo brasileiro tem medo que a cúpula não tenha sucesso em avançar nos compromissos assumidos na Rio 92. Para isso, os organizadores montaram painéis onde especialistas discutirão avanços e fracassos de temas como mudanças climáticas, preservação de florestas, produção mais limpa etc. E os debatedores serão especialistas e chefes de Estado que participaram dessas discussões nos últimos 30 anos. A reunião do Rio, chamada Seminário Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável: de Estocolmo a Johannesburgo, Rio + 10 Brasil, pretende ainda funcionar como um manifesto público contra algumas posições adotadas por países ricos que rejeitam assumir responsabilidade na degradação ambiental e na miséria. Para isso, os governos brasileiro e sul-africano pretendem redigir um documento para ser levado por Thabo Mbeki ao próximo encontro do G8 (o grupo dos sete países mais ricos do mundo mais a Rússia) que acontece no fim deste mês no Canadá. Nesse documento, eles vão pedir que os chefes de Estado dos países desenvolvidos confirmem suas presenças em Johannesburgo e vão falar sobre as ameaças de fracasso da cúpula caso não haja mobilização de todos os países membros da ONU.

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