PUBLICIDADE

Filhote de peixe-boi recupera-se de infecção

O filhote chegou a apresentar sintomas de febre, deixando de sugar, mas melhorou e já está mamando 5 mamadeiras por dia, de cerca de 400 ml cada

Por Agencia Estado
Atualização:

O filhote recém-nascido de peixe boi marinho (chechus manatus), salvo na praia Redonda, no Ceará, na semana passada, já está em Fortaleza, aguardando o transporte para o Centro de Mamíferos Aquáticos (CMA), localizado em Itamaracá, em Pernambuco. O governo do Ceará colocou um avião à disposição, que está em manutenção e deverá decolar provavelmente nesta quinta-feira. Batizado de Tinga (pequeno, em Tupi Guarani), porque pesa só 28kg e tem 1,10 de comprimento, ele está sob cuidados veterinários. Contraiu uma infecção, provavelmente no período em que se desgarrou da mãe até encalhar na praia. Houve uma primeira tentativa dos pescadores de aproximá-lo de um peixe boi adulto que estava por perto ? provavelmente a mãe ? no dia 20 de maio, mas logo eles se separaram. Na segunda vez em que encalhou, quatro dias depois, quando foi resgatado por membros da Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis), já estava debilitado, provavelmente porque passou todos estes dias sem se alimentar. Ao chegar no Ceará, o veterinário Milton Marcondes, do CMA, realizou exames de fezes, sangue e da secreção nasal, considerados rotina para os filhotes resgatados, nos quais foi detectada a infecção. Três bactérias foram identificadas em culturas: Estafilococus, Enterobactrium e Salmonella, possivelmente adquiridas devido ao contato com águas contaminadas por esgoto sem tratamento. ?A Salmonella é a que mais preocupa, mas já aumentamos a dose de antibióticos, que vínhamos ministrando de forma preventiva, e ele está reagindo bem?, diz Marcondes. O filhote chegou a apresentar sintomas de febre, deixando de sugar, mas melhorou e já está mamando 5 mamadeiras por dia, de cerca de 400 ml cada. Na mamadeira vai uma mistura de leite em pó sem lactose, água destilada, ovo de galinha e polpa de côco. ?Ele ainda é um animal de risco, porque é bem novo, não desenvolveu um sistema imunológico eficaz e não está mamando na mãe, mas já está melhor?, diz o veterinário.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.