A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) criou uma nova linha de crédito de apoio ao desenvolvimento tecnológico das micro, pequenas e médias empresas. Os recursos servirão para dar continuidade às consultas feitas pelas empresas aos institutos de pesquisa para resolução de problemas tecnológicos. Isso é promovido por programas específicos da agência financiadora, que pertence ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). ?Essa linha de crédito dará continuidade na solução apresentada para a empresa, será usada em casos em que só a consulta não resolve o problema dela?, explicou Jorge Ávila, diretor da Finep. Ele participou ontem do seminário Rede de Conhecimento para Micro e Pequenas Empresas, organizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). Atualmente a Finep, com vários parceiros, disponibiliza três programas de atendimento e assistência tecnológica para empresas de micro, pequeno e médio portes: o Programa de Apoio Tecnológico às Micro e Pequenas Empresas (Patme), o Projeto Unidade Móvel (Prumo) e o Programa de Apoio Tecnológico à Exportação (Progex). As empresas fazem projetos dentro desses programas e recebem respostas para seus problemas tecnológicos. Muitas vezes, a resolução não implica aporte elevado de recursos, mas em outros casos é preciso fazer um projeto de pesquisa e desenvolvimento para resolvê-lo. Nesse caso, as empresas sem recursos ficavam estacionadas. Para que as consultas ao Prumo, Progex e Patme não fiquem apenas como diagnóstico, abriu-se a nova linha de crédito. Ela terá recursos da Finep, equalização da taxa de juros com recursos do fundo setorial Verde-Amarelo, de promoção da integração universidade e empresa, e fundo de aval do Sebrae. Segundo Ávila, haverá exigência de uma pequena contrapartida da empresa na execução do projeto, cujo valor varia de acordo com o porte da empresa, seu setor de atuação e localização geográfica. A Finep fará a primeira chamada pública das empresas e instituições que queiram acessar essa nova linha de crédito no início de julho. As chamadas serão feitas por setor e por região. ?Queremos montar uma rede que possa dar esse serviço, mas vamos montá-las aos poucos para termos qualidade nos atendimentos?, explicou.