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Fotos do Hubble criam galeria de galáxias em conflito

Telescópio espacial completa 18 anos, e comemoração inclui novo mosaico de galáxias

Por EFE
Atualização:

asa e a Agência Espacial Européia (ESA) publicaram na internet 59 fotos espetaculares da "guerra" travada nas galáxias no Universo, por ocasião do 18º aniversário da entrada em órbita do telescópio espacial Hubble, em 24 de abril de 1990. Galeria de imagens de choques de galáxiasTodas as 59 imagens (site do Hubble)  A coletânea de fotos, que podem ser vistas no site do Hubble e que é a maior tornada pública de forma simultânea, mostra a interação entre galáxias, em forma de dramáticas colisões que desencadeiam a formação de estrelas ou de sigilosas fusões que iluminam novas galáxias.  As imagens são fruto de um ano de trabalho do Hubble, um sofisticado telescópio lançado ao espaço em 1990 pela agência espacial americana e pela ESA para observar o Universo a partir de uma órbita a 569 quilômetros da Terra, onde permanecerá pelo menos até 2013.  Segundo a ESA, as fusões entre galáxias, mais comuns nos inícios do Universo, seriam uma das forças motrizes da evolução cósmica, e até mesmo as galáxias que aparecem mais isoladas mostram sinais de ter experimentado uma ou mais fusões no passado.  "Cada uma das galáxias que se fundem nesta série de imagens representa um instantâneo de um momento diferente neste longo processo de interação", afirma a Agência Espacial Européia.  A própria Via-Láctea contém vestígios das muitas galáxias menores que devorou no passado, e atualmente está absorvendo a galáxia elíptica anã de Sagitário.  A Via-Láctea e a galáxia Andrômeda se dirigem em direção à outra atualmente a uma velocidade de 500 mil km/h e tudo parece indicar que seremos absorvidos dentro de 2 bilhões de anos, segundo a ESA.  "Quando isso ocorrer, muitas mais estrelas serão vistas no céu", disse à Agência Efe por telefone Lars Lindberg Christensen, porta-voz da ESA.  Dessa fusão nascerá uma nova galáxia, que já é chamada de Milkomeda e que será o novo lar da Terra, do Sol e do resto do sistema solar.  As colisões entre galáxias também são muito mais comuns do que o imaginado, como demonstram as observações feitas com tecnologia avançada e computadores sofisticados.  Estas interações, movidas pelas marés causadas pela força gravitacional das galáxias, são lentas e demoram centenas de milhões de anos para se completar.  Os choques entre estrelas são raros, porque grande parte das galáxias está vazia.  Apesar disso, quando as redes gravitacionais que unem as estrelas em cada galáxia começam a se misturar, ocorrem fortes efeitos de maré que distorcem a ordem estabelecida e criam novas estruturas e, em última instância, fazem uma nova configuração estável.

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