Espécies ameaçadas de extinção da Mata Atlântica terão um fundo especial para financiamento de pesquisas e esforços de conservação. O projeto, lançado nesta quarta-feira pelas organizações Biodiversitas e Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan), vai distribuir US$ 420 mil ao longo de três anos, por meio de editais. O primeiro sai na próxima semana, no valor de R$ 400 mil, apenas para espécies consideradas criticamente ameaçadas de extinção. "Apesar de os recursos serem poucos, já representam um grande incentivo para conservação", disse a coordenadora executiva do programa pela Biodiversitas, Gláucia Drummond. Cada projeto poderá receber até R$ 30 mil. O projeto faz parte do Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos, de US$ 150 milhões, mantido pela organização Conservação Internacional (CI), Banco Mundial, Fundação MacArthur, Global Environment Facility e governo do Japão. A Mata Atlântica está reduzida a menos de 8% da sua cobertura original e é considerada um dos 25 ecossistemas mais ameaçados do mundo (hotspots). A relação de espécies consideradas ameaçadas é baseada nos levantamentos do Ibama e da União Mundial para a Natureza (IUCN), que incluem 171 espécies de fauna - 78 delas criticamente em perigo, o que significa que têm 50% de chance de desaparecer nos próximos dez anos.