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Gás radônio é a segunda maior causa de câncer de pulmão

Segundo cientistas, gás seria responsável por entre 10% a 15% dos casos, perdendo apenas para os causados por tabagismo

Por Agencia Estado
Atualização:

A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou nesta terça-feira que o radônio, um gás radioativo de origem natural, é a segunda maior causa de câncer de pulmão no mundo, atrás apenas do tabaco. Os cientistas atribuem a esse gás radioativo entre 10 e 15% dos casos de câncer de pulmão, número que sobe para 25% quando se trata de fumantes, afirmou o responsável pelo Programa sobre Saúde e Radiação da OMS, Mike Repacholi. O radônio está no mundo todo, e seu grau de concentração depende da presença de urânio na terra. Segundo Repacholi, "o radônio expõe todos os povos a um risco sanitário que pode ser facilmente prevenido, mas que, até agora, era tratado como um assunto que não chamava a atenção". Para fazer frente a este fator de risco, a OMS lançou um projeto internacional, de três anos de duração, para ajudar os países a reduzir os riscos sanitários associados ao radônio. Entre as medidas concretas que serão propostas, destacam-se a avaliação de riscos, a adoção de normas para reduzir a exposição e a concentração do referido gás, assim como as campanhas de sensibilização dirigidas aos políticos e às opiniões publicas em geral. O grau de exposição ao radônio aumenta em ambientes ou edifícios fechados, advertiu Repacholi, o que explica que sua presença tenha sido detectada, sobretudo, em países onde o inverno é intenso e os imóveis têm sistemas efetivos de isolamento térmico. Esse gás penetra nas casas por fissuras no concreto, buracos no chão, pequenos poros nos muros ou pelo encanamento. A concentração deste gás radioativo pode ser reduzida de maneira imediata deixando as janelas abertas e permitindo a circulação do ar, criando sistemas de ventilação ou instalando extratores. A OMS destaca que, em um estudo efetuado em casas no ano 2000, Suécia, Noruega, Finlândia e República Tcheca eram os países onde foi detectada a maior presença de radônio. Repacholi disse que a alta do preço do petróleo no último ano aumenta o risco devido ao fato de que os lares tentam economizar com calefação fechando hermeticamente suas casas, o que pode gerar uma maior concentração de radônio.

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