
04 de setembro de 2014 | 17h01
Uma equipe internacional de pesquisadores sequenciou o genoma do café, revelando segredos sobre aromas e sabores de uma das bebidas mais populares do mundo. A pesquisa abre caminho para novas variedades da planta, de melhor qualidade e mais resistentes.
Os resultados obtidos "podem ser um passo significativo em direção à melhora do café", disse Philippe Lashermes, pesquisador do Instituto francês de Pesquisa e Desenvolvimento. Diariamente são consumidas 2.250 bilhões de xícaras de café no mundo.
A equipe sequenciou o genoma de um tipo de planta de café conhecida como Coffea canephora, que representa cerca de 30% da produção mundial. Os pesquisadores descobriram que o café tem uma ampla gama de enzimas, como a N-methyltransferases, que interfere na produção da cafeína.
As enzimas de cafeína do café estão mais diretamente relacionadas com outros genes da planta que as enzimas de cafeína do chá e do chocolate.
Os cientistas afirmam que isso provavelmente significa que a produção de cafeína se desenvolve independentemente no café.
A informação deve ser compartilhada e usada para fortalecer as plantas contra as mudanças climáticas e as pragas, conforme se afirma em um artigo que acompanha a pesquisa, escrito por Dani Zamir, do Instituto de Ciência Florestal e Genética da Universidade de Jerusalém.
"O desafio agora é converter estes novos genomas decodificados em novas e melhores ferramentas para o cultivo das plantas", destaca Zamir.
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