Goldemberg lança Agenda 21 de São Paulo

Documento, ainda inacabado, faz balanço das iniciativas estaduais de desenvolvimento sustentável

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Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário do Meio Ambiente de São Paulo, José Goldemberg, lançou, nesta sexta-feira, na capital paulista, uma versão inacabada da Agenda 21 estadual. O documento foi elaborado em 180 dias por 100 técnicos da secretaria, sob a coordenação de Fernando Cardozo Fernandes Rei, para ficar pronto a tempo de ser levado à Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+10), que acontece em Joanesburgo, na África do Sul, no final deste mês. A Agenda 21 paulista ficará disponível na Internet, recebendo eventuais contribuições ? críticas ou sugestões - de representantes da sociedade civil, até as vésperas da Rio+10. Apesar de ter sido elaborado a toque de caixa, o documento faz um balaço das iniciativas de desenvolvimento sustentável, organizadas no Estado, durante os últimos dez anos. ?Há progressos em várias áreas, mas fica claro o imenso trabalho ainda a realizar?, observa Goldemberg. Os maiores avanços, no entender do secretário, estão no controle de poluição atmosférica e uso de energias renováveis e as maiores tarefas a serem executadas estão na área do saneamento básico e resíduos sólidos. Com o terceiro maior Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina ? US$ 231,2 bilhões em 2001 ? e uma população de 35 milhões de habitantes, São Paulo tem desafios do porte das maiores metrópoles mundiais, mas também abriga área de recursos naturais intocados, como o maior remanescente de Mata Atlântica, localizado na divisa com o Paraná, no sul do estado. Escrita em português e inglês, a Agenda 21 estadual deverá ser um instrumento norteador de políticas públicas, não só para a própria Secretaria do Meio Ambiente, como também para outras secretarias de governo. Além de dar visibilidade a São Paulo num fórum paralelo às negociações oficiais de Joanesburgo, de governos ?subnacionais?, palavra que procura agregar as várias denominações das divisões administrativas dos diferentes países. A proposta deste fórum paralelo é do País Basco e a intenção é traduzir localmente as decisões tomadas internacionalmente.

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