Greenpeace critica decreto sobre exploração de mogno

O coordenador da campanha da Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário, observou que ?depois de anos de escândalos envolvendo o setor do mogno, o novo governo precisa de tempo? para definir desde novos sistemas de fiscalização a incentivos ao manejo adequado

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Greenpeace criticou nesta sexta-feira o decreto presidencial que suspende por mais 150 dias a exploração de mogno no País, por não prever também proibição ao transporte e comércio desta madeira. Para a entidade, o decreto poderia sanar ?imbroglio legal? a partir de contestações de madeireiros na Justiça contra instrução normativa do antigo governo que proibia o transporte e o comércio do mogno. ?O decreto é um ato jurídico mais forte do que uma instrução normativa?, lamentou, em nota. A entidade também reclamou do prazo ? ?extremamente curto? ? de 100 dias para comissão especial definir uma política de exploração sustentável do mogno. A comissão foi criada nesta sexta-feira com a edição do decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Diário Oficial. O coordenador da campanha da Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário, observou que ?depois de anos de escândalos envolvendo o setor do mogno, o novo governo precisa de tempo? para definir desde novos sistemas de fiscalização a incentivos ao manejo adequado. Adário ressalta que o novo governo merece ?voto de confiança?, mas afirma que ?a tarefa é enorme e exige cuidado e tempo para evitar que os mesmos erros dos governos anteriores sejam repetidos?. Adário nota ainda que uma máfia controla a exploração e comercialização do mogno no Brasil e tem demonstrado mais ?agilidade e poder de ação do que as autoridades?.

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