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Greenpeace pede que UE proíba transgênico dos EUA

Entrada de semente não identificada como OGM leva organização a alertar para risco de transgênicos ilegais

Por Agencia Estado
Atualização:

O Greenpeace pediu nesta terça-feira que a União Européia (UE) proíba a importação de todos os organismos geneticamente modificados (OGMs) para alimentos, rações e sementes procedentes dos EUA, alegando "falta de segurança" para evitar a entrada de transgênicos ilegais. A organização solicitou essa proibição à Comissão Européia (CE), braço executivo da UE, "até que as autoridades da UE analisem as importações" para comprovar se há OGM ilegais e enquanto o governo dos EUA desenvolve um controle seguro dos transgênicos que envia à Europa. O Greenpeace pediu que à UE detenha as autorizações de OGM e que as empresas que queiram vendê-los na Europa forneçam dados sobre como detectar outras sementes transgênicas em seus produtos. A organização se referiu, desta forma, à entrada do milho bt10, ilegal na Espanha e na França, procedente dos EUA e comercializado pela suíça Syngenta. "Precisamos ter certeza de que não chegam à cadeia alimentar plantas OGM que não são permitidas na Europa e cujos efeitos na saúde ou no meio ambiente não foram comprovados", afirma o especialista em engenharia genética do Greenpeace Christoph Then. "Não temos essas garantias porque a CE e os países membros não estão equipados para identificar esses OGM." A organização acrescentou que a presença do milho bt10 e de outros transgênicos não autorizados, como o milho Starlink foi descoberta por acaso. "Não se pode confiar nos controles da indústria ou os dos EUA. Por isso a CE necessita iniciar agora medidas a longo prazo", afirma o Greenpeace. O comissário europeu de Saúde, Markos Kyprianou, deve apresentar ainda nesta terça ao Colégio de Comissários da UE, em Estrasburgo (França) os problemas causados pela entrada de mil toneladas do milho bt10 na UE.      leia mais sobre transgênicos

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