Grupo dinamarquês passa a vender caricaturas de Maomé

O artista Kurt Westergaard, que fez o desenho em 2005, deu o direito a grupo de liberdade de expressão

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Por Associated Press
Atualização:

Um grupo dinamarquês de defesa da liberdade de expressão informa que está vendendo exemplares de uma caricatura do profeta Maomé que causou ultraje no mundo islâmico.

 

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Cerca de mil reproduções impressas do desenho que mostra o profeta do islã usando um turbante em forma de bomba estão sendo vendidas por 1.400 coroas dinamarquesas (US$ 250, ou R$ 590) cada, disse Lars Hedegaard, presidente da Sociedade Dinamarquesa da Liberdade de Imprensa.

 

"Só o que estamos fazendo é iniciar o debate", disse Hedegarrd. "Estamos usando nossa liberdade de expressão".

 

Hedegaard disse que o artista Kurt Westergaard, que fez o desenho em 2005, deu à sociedade o direito de produzir os exemplares e revendê-los. Cada exemplar vem com o autógrafo de Westergaard. "Não violamos, nem estamos violando, nenhuma lei", disse Hedegaard.

 

Westergaard está vivendo sob proteção policial desde que uma suposta conspiração para assassiná-lo foi descoberta no ano passado.

 

Doze charges mostrando o profeta, incluindo a de Westergaard, foram publicadas pelo jornal Jyllands-Posten em 2005.

 

No ano seguinte, desencadearam fortes protestos do Marrocos à Indonésia, com manifestantes atacando missões diplomáticas dinamarquesas e de outros países ocidentais. 

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A lei islâmica geralmente proíbe retratos do profeta, a fim de evitar idolatria.

 

Ao longo ad crise, o primeiro-ministro  Anders Fogh Rasmussen distanciou-se das charges, mas não dedéu aos apelos por um pedido de desculpas, mencionando a liberdade de expressão, e disse que seu governo não poderia ser responsabilizado pelos atos da imprensa nacional.

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