PUBLICIDADE

Grupo quer ajudar Rimba, cansado do tédio da jaula

Por Agencia Estado
Atualização:

Rimba, um urso do sol, e sua fêmea, Miskin, foram parar num zoológico depois que seu habitat, em Bornéus, foi destruído e o governo colocou-os numa reserva lotada de orangotangos. A reserva entrou em contato com a American Zoo and Aquarium Association, que conseguiu que St. Louis os recebesse. Agora, Rimba tornou-se um problema para o zoológico. Membros do People for the Ethical Treatment of Animals ? um grupo de proteção aos direitos animais ? estão pedindo a um Zoológico de St. Louis que interrompa a exibição de ursos. Isto porque, na quinta-feira passada, Rimba, atacou e feriu seu tratador. A agressão do urso é exatamente o tipo de comportamento neurótico anormal que especialistas dizem ocorrer quando ursos e outro animais andarilhos são confinados a espaços pequenos, assegurou o grupo hoje. ?O Peta acredita que animais selvagens não pertencem a jaulas?, diz Debbie Leahy, uma diretora do grupo, a repórteres em St. Louis. ?Isto dito, sabemos que os zoológicos não vão acabar amanhã.? O diretor do zoológico, William Boever, acha que o ataque foi a reação típica de um urso reagindo a um humano em seu espaço. Mas Debby tem certeza de que Rimba estava colocando para fora sua frustração e cólera, ?ao que deve lhe parecer uma sentença de prisão perpétua?. Em outubro do ano passado, os zoólogos ingleses publicaram um estudo, na revista científica Nature, dizendo que animais que vagueiam por amplos espaços na mata não se dão bem enjaulados nos zoológicos e apresentam comportamento errático e anormal. Deeby Leahy diz que o Peta tem pesquisado profundamente o comportamento dos ursos no zoológicos de St. Louis e dos Estados Unidos. Ela mostrou vídeos de ursos de várias espécies andando sem parar, subindo e descendo pedras, caminhando em círculos, balançando as cabeças. O estudo britânico diz que esse comportamento é sinal de que falta estimulação aos animais em suas jaulas. Boever garante que o zoológico trabalha para combater o tédio dos animais, escondendo iscas apetitosas em troncos de árvores, estocando água com peixes e frutas e congelando a mistura. Para ele, alguns comportamentos foram adquiridos por causa de um mau começo na vida do animal.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.