Havaianas vêm com fotos de bichos em extinção

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Por Agencia Estado
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Depois de variar nas cores e virar grife, as sandálias Havaianas começam a chegar às lojas com estampas de animais brasileiros em extinção. A coleção foi lançada nesta segunda-feira e traz, de início, as versões com o mico-leão-da-cara-preta, o peixe-boi e o papagaio-da-cara-roxa. A idéia não é apenas atrair o consumidor jovem e engajado nas causas ambientais. O produto vai financiar o trabalho do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE), que há 12 anos começou a salvar os micos do Parque Nacional de Superagüi (PR) e hoje atua em cinco áreas de risco para diversos animais em todo o País. A São Paulo Alpargatas, dona da marca Havaianas, vai destinar ao IPE 7% do faturamento líquido da coleção, que saiu da fábrica no fim de julho. ?Estamos colocando 48 mil pares no mercado?, informa o diretor de Negócios de Sandálias, Paulo Lalli. ?Começamos com poucos pares, mas vamos ampliar e o projeto não vai ficar só nestes três modelinhos, queremos que este produto seja colecionado.? Lalli aposta no interesse dos estrangeiros pelas sandálias brasileiras e acha que muitos países vão passar a conhecer os animais brasileiros em extinção - e lutar por sua proteção. ?Não vai mais ser apenas o panda?, brinca ele. A empresa vendeu 137 milhões de pares das Havaianas entre junho de 2003 e julho passado, 14% a mais do que em igual período anterior. Do total, de 7% a 8% seguiram para o exterior ante 5% no período anterior. Para colocar os bichos nas sandálias, a Alpagratas teve de mexer na linha de produção. ?Precisamos introduzir a quadricromia (operação com quatro cores) para gerar as estampas?, conta Lalli. Mesmo assim, o investimento não precisou ser tão alto: R$ 400 mil. A empresa ainda não sabe quanto vai faturar com o novo produto - e, portanto, não informa quanto esperar repassar ao IPE. O consumidor, entretanto, pode preparar o bolso se quiser calçar as sandálias e colaborar com a proteção aos bichos: o par custa R$ 18,90, enquanto a sandália comum sai por R$12,00.

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