A suposta entrada ilegal, no Egito, de himens artificiais fabricados na China desencadeou indignação em setores conservadores do país, que reclamam contra a "depravação".
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A questão das membranas artificiais chegou ao Parlamento, onde o deputado da Irmandade Muçulmana Farid Ismail denunciou o contrabando do produto, que teriam uma carga de tinta vermelha e promete "virgindade em um minuto".
Para Ismail, a venda do produto levará à perda da honra, da moral e da ética da sociedade, que se verá mergulhada em depravação.
A Irmandade Muçulmana, que ocupa 20% do Parlamento, também está usando a questão para atacar o governo, questionando o papel da administração na preservação dos valores morais.
Os líderes religiosos também não demoraram a se manifestar.
Abdel Moti Bayumi, membro do Centro de Estudos Islâmicos da Universidade Al Azhar, pediu a aplicação das penas do Alcorão a quem importar, ou mandar importar, os himens.
Já a diretora do Centro Egípcio dos Direitos da Mulher, Nihad Abul Qusman, criticou a polêmica, que atribuiu á falta de assunto da imprensa egípcia.
"Essas discussões aparecem porque no país não se discutem os temas políticos que realmente interessam", disse ela.
O escândalo começou em meados de setembro, depois que a agência de notícias síria Day Press informou que os himens estavam à venda em Damasco.
Depois da publicação, rumores chegaram ao Egito, onde, até o momento, não há confirmação de que o produto tenha sido usado.