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Hua Mei, mais um raro panda gigante volta para casa

Por Agencia Estado
Atualização:

Os círculos pretos ao redor dos olhos não se devem a uma noite mal dormida numa viagem de 10 horas, entre Estados Unidos e China. Hua Mei é um panda gigante fêmea, que chega ao país de seus ancestrais Nascida nos Estados Unidos, Hua Mei voltou para casa, a primeira desses raros animais nascidos no exterior a fazer a jornada. A panda de quatro anos, cujo nome significa ?China-Estados Unidos?, veio de San Diego trazida pelo Centro de Pesquisa e Proteção do Panda Gigante de Wolong, do sul da China. Depois de uma mês de quarentena, juntar-se-á a uma população de cerca de 50 pandas, incluindo seu pai, , Shi Shi. Os filhotes de panda nascidos no exterior são considerados propriedade chinesa e devem ser devolvidos até a idade de três anos. A viagem de Hua Mei foi retardada por mais de um ano por causa da eclosão da Sars, entre outras complicações. Três outros pandas gigantes ainda estão no zoológico de San Diego: a mãe de Hua Mei, Bai Yun, seu segundo marido, Gao Gao, e o filho deles, Mei Sheng, ou ?Nascido nos Estados Unidos?, que nasceu no ano passado. Outros zoológicos americanos registraram nascimentos de pandas, mas nenhum filhote viveu mais que uns poucos dias. Hua Mei foi a primeiro a crescer diante dos olhos dos pesquisadores americanos. A experiência forneceu novas informações sobre a relação entre mãe e filhote, sobre a separação abrupta que ocorre por volta dos 18 meses e o desenvolvimento de uma filhote fêmea através de seu primeiro ciclo de cio, pelo qual Hua Mei passou recentemente. Para os padrões panda, Hua Mei é uma jovem adulta e pode engravidar na primavera, segundo funcionários do governo. Um recorde de 16 pandas nasceram em cativeiro no ano passado, incluindo o irmão de Hua Mei, Mei Shang e os gêmeos que estão no Japão. A China gastou recursos consideráveis para proteger o panda-gigante ? uma espécie de mascote não oficial do país. Seu número reduziu-se em decorrência da baixa fertilidade, derrubada de árvores, caça ilegal e por periódicos desaparecimentos de sua comida, o bambu. Apenas cerca de 1.000 deles vivem na floresta e outros 150 em cativeiro, menos de 20 fora de China.

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