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Hubble mostra a imagem mais antiga do universo

Telescópio espacial capta momento em que galáxias estavam em formação, 13 bilhões de anos atrás - 700 milhões após o Big-Bang

Por Agencia Estado
Atualização:

Astrônomos do Instituto de Ciência do Telescópio Espacial dos Estados Unidos divulgaram fotografias dos objetos mais distantes já registrados pelo homem. São, por isso, as imagens mais antigas do universo já vistas, que captam um momento ocorrido há cerca de 13 bilhões de anos, relativamente próximo do Big Bang. O telescópio Hubble coletou luzes que iniciaram sua jornada quando o universo tinha apenas 5% de sua idade atual. Acredita-se que o universo tenha 13,7 bilhões de anos, e estas luzes percorreram o espaço sideral por mais de 13 bilhões de anos até chegar às lentes do Hubble. Cientistas comentaram que a imagem engloba aproximadamente 10 mil galáxias. Agora, astrônomos de todo o mundo pesquisarão esse campo para detectar quais são os objetos mais distantes já observados. Das profundezas "Pela primeira vez, estamos olhando para estrelas que estão se formando das profundezas do Big Bang", comentou Steven Beckwith, diretor do instituto. "Estamos olhando para as mais jovens estrelas e vislumbrando os estágios iniciais do universo." As imagens foram obtidas depois de os instrumentos do Hubble terem sido posicionados para observar um único ponto do céu durante 1 milhão de segundos. O ponto fica situado a 700 milhões de anos do Big Bang - pouco tempo em termos espaciais. A exposição durou 400 órbitas do telescópio. De acordo com Beckwith, a exposição de longa duração possibilitou captar objetos sem muita luminosidade. "Seria como captar o brilho de um vaga-lume passeando pela lua", comparou. Era Escura O período fotografado pelo Hubble é de grande importância para o estudo do unverso. O momento da formação das galáxias marca a transição da chamada Era Escura do cosmos. Os cientistas esperam compreender os eventos mais dramáticos da formação do universo, que ocorreram no seu estágio embrionário. As jovens galáxias são mais caóticas e interagem mais umas com as outras que as mais antigas, como a Via-Láctea.

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