Ibama libera plantio-teste de milho transgênico

É a quarta licença para pesquisa de campo concedida pelo instituto. Pela primeira vez, empresa privada é autorizada

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) liberou mais uma pesquisa de campo com transgênicos: agora, é a vez do milho. Essa é a quarta licença concedida pelo Ibama para pesquisa de campo com organismos geneticamente modificados. É a primeira vez, entretanto, que a licença sai para uma empresa particular, a Dow Agrosciences, que vai desenvolver o trabalho no Paraná. A empresa deverá testar uma espécie transgênica de milho resistente a mariposas e lagartas - ambas consideradas pragas para a agricultura. No fim do ano passado, foi liberada a pesquisa com mamão resistente ao vírus da mancha anelar. Depois foi a vez de um feijão resistente ao vírus do mosaico dourado e na última quarta-feira foi concedida a licença para pesquisar uma espécie de batata resistente ao vírus PVY, que reduz a produtividade da lavoura. As três licenças foram dadas para a Embrapa, que vai conduzir os estudos. De acordo com o Ibama, outros quatro pedidos de estudos de campo com transgênicos estão em fase final de análise. De 2002 para cá, o Ibama registrou 37 solicitações de pesquisa de campo com espécies transgênicas. Seis foram canceladas, a pedido das próprias empresas. De outubro de 2003 até agora, foram expedidos 28 termos de referência, documento necessário para o estudo do impacto ambiental - um dos requisitos básicos para aprovação dos pedidos de pesquisa. Para conseguir a licença para fazer pesquisas de campo com transgênicos, as instituições precisam obter o Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB) e o Parecer Técnico Prévio Conclusivo da CTNBio favorável para cada projeto.

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