08 de fevereiro de 2010 | 13h46
A Igreja Anglicana continua com seu plano de promover mulheres ao bispado, apesar das fortes objeções dos tradicionalistas, informa nesta segunda-feira, 8, o jornal britânico The Times.
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Os opositores da proposta advertiram que uma medida dessa, esperada para esta segunda-feira mesmo na assembleia geral da Igreja, vai provocar um êxodo em massa de fiéis em direção ao Vaticano.
Segundo ressalta "The Times", o bispo de Manchester, Nigel McCulloch, anunciará aos participantes da assembleia anglicana, realizada em Londres, que fracassaram os esforços de impedir a ordenação de mulheres.
No entanto, será pedido às futuras bispas que deleguem sua autoridade a outros bispos para atender àquelas paróquias que se neguem a aceitá-las, mas não se criará uma estrutura paralela de bispos e arcebispos tradicionalistas.
Os tradicionalistas argumentam que Jesus Cristo não teve discípulas e que a sucessão apostólica deve ficar em mãos masculinas.
A decisão que será anunciada nesta segunda-feira pelo bispo de Manchester e que ratificará a assembleia em julho abre caminho para a consagração de mulheres como bispas dentro de apenas dois anos.
Entre as primeiras mulheres que poderiam obter tal distinção estão a cônega Jane Hedges, da Abadia de Westminster, e sua colega Lucy Winkett, da Catedral de São Paulo, em Londres.
Um possível efeito dessa decisão será aumentar o número de anglicanos que aceitarão a oferta do papa Bento XVI de se converterem ao catolicismo.
Os católicos romanos do Reino Unido criticaram o arcebispo anglicano de York, John Sentamu, por ter dito na semana passada que os anglicanos que aceitarem o convite do papa não seriam "católicos como Deus manda".
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