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IML de São Luís tem dura tarefa de identificar os corpos das vítimas da explosão

Por Agencia Estado
Atualização:

Os quatro corpos que ainda estavam na Base de Alcântara chegaram no início da tarde ao Instituto Médico Legal de São Luís (MA). O trabalho de identificação, no entanto, será retomado daqui a duas horas, segundo disse o diretor do IML, Wanderly Silva. Os legistas pararam para o almoço às 14 horas. Eles têm pela frente a tarefa de identificar 20 vítimas do acidente, já que um dos corpos foi identificado pela manhã. É o do engenheiro César Augusto Costalonga Varejão, que foi diferenciado dos demais colegas mortos no incêndio do foguete, na base de l ançamento de Alcântara, por ser o mais alto deles. Silva ressaltou que as dez fichas odontológicas enviadas pela Aeronáutica não vão ajudar muito, pois quatro delas são antigas e, dificilmente, uma pessoa permanece muito tempo sem alterações nos dentes. Além disso, há várias arcadas dentárias carbonizadas, o que não permite conferir a quem pertenciam na comparação com a ficha. Os 21 profissionais do Centro Técnico da Aeronática (CTA) trabalhavam na última sexta-feira em procedimentos de ajuste do foguete que já estava instalado na torre de lançamento, quando um incêndio destruiu o equipamento. As chamas que - segundo o co ordenador da Operação São Luís (nome da campanha de lançamento do foguete), major-brigadeiro Tiago Ribeiro - atingiram até três mil graus centígrados, podem ter carbonizado os corpos de tal forma que isso também dificultaria a identificação. O veículo lançador carregava dois satélites, o Satélite de Pesquisas Tecnológicas (Satec), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Unosat, que levava pesquisas da Universidade Norte do Paraná (Unopar). O lançamento deveria ocorrer na segunda-feira.

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