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Instituto de Neurociência de Natal tem 1.ª etapa iniciada

Por Agencia Estado
Atualização:

O neurocientista Miguel Nicolelis inaugurou nesta semana a primeira etapa da construção do Instituto Internacional de Neurociência de Natal (RN). Por enquanto, ele conta apenas com "projetos-pilotos": um centro de pesquisa, outro assistencial e um terceiro educacional, para incentivar a participação das crianças da pequena Macaíba, nas cercanias da capital potiguar, onde o instituto realmente será construído. Outro módulo, este em colaboração com o Hospital Sírio-Libanês, deve ser inaugurado na próxima semana. O neurocientista afirma que os "pilotos" ajudarão a equipe que desenvolve o plano do instituto a identificarem pontos negativos e positivos. "É como um experimento científico, em que você caminha passo a passo." Burocracia Contudo, ele admite que a burocracia nacional atrapalha a aceleração das obras: apenas a pedra fundamental foi lançada. Outro exemplo é a construção de uma ponte no terreno, que deveria ficar a cargo da prefeitura de Macaíba: depois de diversos pedidos, ela foi feita pela Petrobras, por causa de um gasoduto que passa na região. O projeto recebeu, até o momento, US$ 2,5 milhões do governo federal através do Ministério de Ciência e Tecnologia - a liberação, contudo, ainda não foi feita integralmente. Segundo o cientista, outros US$ 3,5 milhões foram captados na iniciativa privada e do terceiro setor. Cérebros O projeto-piloto mais avançado é o do centro de pesquisa, que recebeu o nome do neurocientista brasileiro César Timo-Iaria, mentor de Nicolelis em seus tempos na Universidade de São Paulo (USP) e morto neste ano. São 2 mil metros quadrados que comportam oito laboratórios. Seu parceiro na Universidade Duke, o também brasileiro Sidarta Ribeiro, já se instalou no Brasil para trabalhar na busca por uma teoria única que explique como os circuitos cerebrais funcionam, por meio de testes genéticos, farmacológicos, fisiológicos e comportamentais. Já o centro parceiro com o Sírio-Libanês focará no desenvolvimento de um sistema que permita a movimentação de peças robóticas, como braços, com o pensamento humano.

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