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Japão anuncia ampliação de caça às baleias

Plano conta com firme oposição de muitos países, como Austrália, Nova Zelândia, Grã-Bretanha e Estados Unidos

Por Agencia Estado
Atualização:

O Ministério de Agricultura, Pesca e Florestas do Japão apresentou nesta segunda-feira, em Ulsan, na Coréia do Sul, na inauguração da 57ª assembléia plenária anual da Comissão Baleeira Internacional (CBI), um polêmico plano para a caça às baleias. De acordo com o programa, o Japão pretende aumentar nos próximos seis anos sua cota anual de captura de baleias "minke", passando dos 400 exemplares atuais para 850. O plano também inclui a ampliação da caça de outras duas espécies: a baleia corcunda, ou "jubarte", e a "rorqual-gigante". No entanto este programa, assim como a caça com fins científicos praticada pelos japoneses, conta com firme oposição de muitos países, como Austrália, Nova Zelândia, Grã-Bretanha e EUA. Segundo os defensores dos cetáceos, os programas de pesquisa não passam de uma desculpa de Tóquio para continuar com a caça. O Japão também deve pedir à Assembléia, que durará cinco dias, que prorrogue seu programa científico que permite caçar baleias desde que apresente seus resultados anualmente ao comitê científico da CBI. Em 1986, o governo japonês assinou a moratória à caça de baleias, mas no ano seguinte inaugurou seu programa de captura anual de pelo menos 400 baleias "minke" para "fins de pesquisa". Em 2000, Tóquio expandiu unilateralmente as capturas ao cachalote e à baleia "bryde", ou tropical, no Oceano Pacífico setentrional.

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