PUBLICIDADE

Japão critica plano de Bush contra mudança climática

No entanto, ministro do Meio Ambiente disse que Washington pelo menos deu um passo positivo na luta

Por Efe
Atualização:

O ministro do Meio Ambiente japonês, Ichiro Kamoshita, disse nesta sexta-feira, 18, que o plano de luta contra a mudança climática apresentado nesta terça-feira pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, "está muito aquém das expectativas" do Japão.   "Francamente, quero que os EUA enfrentem a questão do aquecimento global de uma maneira mais ativa", disse Kamoshita, segundo a agência Kyodo. "Simplesmente queremos que os EUA queiram mais", acrescentou o ministro do Japão, país que este ano preside o G8.   Bush apresentou nesta terça-feira uma estratégia para fazer frente ao aquecimento global que prevê a redução dos gases causadores do efeito estufa para 2025.   Kamoshita, no entanto, disse que Washington pelo menos deu um passo positivo na luta contra a mudança climática.   O Japão propôs uma iniciativa que pretende reduzir pela metade a emissão mundial de gases do efeito estufa para 2050, mas não estabeleceu metas nacionais concretas.   Esta é a primeira vez que os EUA estabelecem uma data para a redução de emissões de gases poluentes, mas seu plano não inclui nenhum ano base de comparação, por isso não se pode quantificar a porcentagem exata do corte.   O plano dos EUA, que não ratificaram o Protocolo de Kyoto em 1997, também está aquém das expectativas da União Européia (UE), que para 2020 planeja reduzir as emissões em 20%, em comparação com os níveis registrados em 1990.   Sobre o impacto do plano de Bush na próxima cúpula do G8, que será realizada em julho na ilha de Hokkaido (norte do Japão), Kamoshita expressou sua decepção com o projeto.   "Se vamos construir um consenso entre todos os países do G8, acho que deveríamos apresentar um objetivo mais ambicioso", disse o ministro japonês.   Os países que fazem parte do G8 são Japão, Estados Unidos, Canadá, Itália, França, Reino Unido, Alemanha e Rússia.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.