Júpiter tem ciclones de até 1,4 mil km de diâmetro e campo magnético intenso
Dados foram obtidos na primeira aproximação da nave Juno junto ao maior planeta do Sistema Solar; força magnética é dez vezes mais intensa do que a da Terra
PUBLICIDADE
Por Redação
Atualização:
CABO CANAVERAL E MIAMI - A atmosfera de Júpiter, o maior planeta do sistema solar, conta com ciclones classificados como “colossais”, além de uma grande quantidade de amônia e campos magnéticos surpreendentemente intensos. As informações foram obtidas no primeiro mergulho que a nave Juno realizou e foram reveladas nesta quinta-feira, 25, por cientistas que coordenam a missão espacial. As descobertas mudaram a concepção que se tinha sobre o planeta, sobre o qual se pensava ser eminentemente uma mistura uniforme de gases.
Juno encontrou ciclones com 1,4 mil quilômetros de diâmetro e com intensa movimentação nos polos norte e sul de Júpiter, de acordo com dados divulgados na revista científica Science. Com dúzias de ciclones de milhares de quilômetros, combinado com sistemas climáticos não identificáveis, os polos em nada se parece com a área equatorial do planeta, reconhecida imediatamente pela suas listras e pela Grande Mancha Vermelha.
Viagem da sonda Juno a Júpiter, o maior planeta do sistema
1 / 15Viagem da sonda Juno a Júpiter, o maior planeta do sistema
Objetivo da missão orbital é desvendar estrutura do astro
A sonda espacial Junose aproxima de Júpiter Foto: David McNew/Getty Images/AFP
Objetivo da missão orbital é desvendar estrutura do astro
Representação artística da chegada da Juno a Júpiter Foto: Nasa/JPL-Caltech/AP)
Objetivo da missão orbital é desvendar estrutura do astro
Montagem criada após a junção de várias fotos tiradas de Júpiter Foto: L. Fletcher/Observatório Europeu
Objetivo da missão orbital é desvendar estrutura do astro
Júpiter é peça-chave na obtenção de informações sobre as origens do Sistema Solar Foto: J. Nichols/Nasa e Agência Espacial Europeia
Objetivo da missão orbital é desvendar estrutura do astro
A sonda espacial Juno foi lançada ao espaço pelo foguete Atlas V, em agosto de 2011 Foto: Terry Renna/AP
Objetivo da missão orbital é desvendar estrutura do astro
Os três bonecos de Lego representam, da esquerda para a direita, o deus romano Júpiter, sua mulher, Juno, e o astrônomo Galileu Galilei a bordo da son... Foto: Nasa/JPL-Caltech/KSC/APMais
Objetivo da missão orbital é desvendar estrutura do astro
Centro de controle da Nasa em Pasadena, na Califórnia, observa os rumos da sonda espacial Juno Foto: David McNew/Getty Images/AFP
Objetivo da missão orbital é desvendar estrutura do astro
Cassini Ace Bill Mogensen trabalha no centro de controle operacional da sonda Juno em Pasadena, na Califórnia Foto: David McNew/Getty Images/AFP
Objetivo da missão orbital é desvendar estrutura do astro
A Junoingressou na área influenciada pelo campo magnético de Júpiter, que retarda o vento procedente do Sol Foto: David McNew/Getty Images/AFP
Objetivo da missão orbital é desvendar estrutura do astro
Um modelo quatro vezes menor da sonda Juno é exibida no escritório da Nasa em Pasadena, na Califórnia Foto: David McNew/Getty Images/AFP
Objetivo da missão orbital é desvendar estrutura do astro
A representação da sonda chamou a atenção dos pedestres que passavam pela cidade da Califórnia Foto: David McNew/Getty Images/AFP
Objetivo da missão orbital é desvendar estrutura do astro
Sucesso de público; depois de viajar 1,8 bilhão de milhas em cinco anos, Juno se aproxima de Júpiter Foto: David McNew/Getty Images/AFP
Objetivo da missão orbital é desvendar estrutura do astro
'O som indica que chegaremos em poucos dias a Júpiter',afirmou Scott Bolton, chefe principal da missão e pesquisador do Southwest Research Institute d... Foto: Robyn Beck/AFPMais
Objetivo da missão orbital é desvendar estrutura do astro
Monitores acompanham cada movimento da sonda espacial Foto: David McNew/Getty Images/AFP
Objetivo da missão orbital é desvendar estrutura do astro
Uma asa de painéis solares da sonda Juno é vista na sala onde as naves especiais são construídas Foto: David McNew/Getty Images/AFP
PUBLICIDADE
“Esse é Júpiter que conhecíamos. E, quando olhamos do polo, é totalmente diferente. Não acredito que alguém teria pensado que Júpiter seria assim”, disse Scott Bolton, cientista chefe da missão. Ele classifica as descobertas como importantes. Os ciclones giram de forma anti-horária no hemisfério norte, como na Terra, e estão concentrado próximos aos polos.O padrão caótico das tempestades também foi considerado surpreendente.
Lançada em 2011 e orbitando em torno do planeta desde julho do ano passado, Juno está fornecendo observações próximas das características de Júpiter. Além dos ciclones, a nave detectou uma abundância de amônia na atmosfera profunda do planeta e um campo magnético cerca de dez vezes maior que o da Terra.
“Os resultados da aproximação inicial da Juno está mudando a nossa compreensão sobre esse gigante de gás”, escreveram os pesquisadores nos artigos à Science. Os polos de Júpiter parece bastante diferentes dos vizinhos, em nada parecido, por exemplo, com o sistema de nuvens de formato hexagonal do polo norte de Saturno.
A próxima aproximação da Juno está marcada para ocorrer em 11 de julho, quando a nave passará sobre a Grande Mancha Vermelha, uma grande tempestade ao sul da linha equatorial e que existe há séculos. Cientistas esperar entender como a tempestade se mantém e que tipo de material há sob as nuvens volumosas. /AGÊNCIAS INTERNACIONAIS