11 de fevereiro de 2009 | 17h55
Líderes judaicos devem se reunir com o papa Bento XVI na quinta-feira, 12, para as primeiras conversas desde que começaram os problemas com o bispo que negou o Holocausto. Veja também: Perguntas e respostas: A polêmica do bispo que nega o Holocausto Vídeo: A polêmica entrevista do bispo WilliamsonJudeus dizem ao Vaticano que negação do Holocausto é crimeBispo que negou holocausto é retirado do cargo na Argentina Bispo diz que não vai retirar negação de HolocaustoVaticano pede que bispo que negou Holocausto se retratePapa divide Vaticano ao reabilitar bispo que nega o HolocaustoBlog de Richard Williamson O rabino Arthur Schneier, que recebeu o papa quando ele visitou uma sinagoga em Nova York, em abril, disse nesta quarta-feira, 11, que planeja agradecer o papa pelo comprometimento com os laços entre judeus e católicos que Bento XVI manifestou, ao atenuar a controvérsia com o bispo. O rabino, nascido em Viena, é um sobrevivente do Holocausto e disse que a posição do bispo Richard Williamson foi "muito dolorosa" para ele. "Eu sou uma testemunha ocular", disse. Schneier fugiu dos nazistas na Áustria e foi para Budapeste em 1939, onde foi confinado em um campo de concentração antes da Hungria ser libertada pelo Exercito Vermelho. Ele disse que a maior parte de sua família foi para Auschwitz e morreu lá. Schneier disse que a controvérsia foi um "contratempo temporário" para as relações entre as duas religiões e que ele agora tem esperança de que os laços possam ser fortalecidos, especialmente depois das afirmações do papa sobre o Concílio Vaticano II, que levou a Igreja a se ligar a outras religiões. Mais de 60 líderes judeus devem estar presentes na audiência no Vaticano, durante a qual Bento XVI irá realizar um discurso. Schneier disse que também falará. O Vaticano afirma que Bento XVI não sabia sobre a visão de Williamson quando decidiu reabilitá-lo, juntamente com outros três bispos ultraconservadores.
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