Madeireiros invadem reservas em Rondônia

Ibama prevê fim de madeira em cinco anos, se madeireiros não fizerem o plantio de árvores, como prevê lei

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Por Agencia Estado
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Em cinco anos, não haverá mais madeira nas áreas passíveis de exploração em Rondônia, se a ação dos madeireiros não mudar. O alerta é do superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Osvaldo Pitaluga. Ele ressalta que hoje já é difícil encontrar árvores de grande porte mesmo fora das 42 reservas existentes no Estado. Pelo plano de manejo, o madeireiro poderia retirar árvores "maduras" em áreas permitidas e plantar outras no lugar, "mas isso não está acontecendo." Segundo Pitaluga, quadrilhas estão explorando madeira em todas as reservas por causa da dificuldade de encontrar árvores de pelo menos 1,5 metro de diâmetro fora delas. As menores não têm valor comercial. "Somente na semana passada, prendemos 13 pessoas armadas com pistolas automáticas, fazendo derrubada dentro de uma floresta nacional", informou ele. Trata-se da Floresta Nacional de Bom Futuro, localizada em Buritis, a 198 km de Porto Velho. A cidade tem apenas quatro anos mas, por causa da intensa ação de madeireiros, nos pontos onde a extração pode ser autorizada não existem mais árvores que despertem interesse comercial. Assim, a reserva começa a ser invadida. Pitaluga explicou que as demais áreas de preservação estão em condições idênticas. Na quinta-feira, o Ibama apreendeu três carretas carregadas de madeira provenientes de Novo Bandeirante, distrito de Porto Velho. As guias para extração de árvores eram roubadas ou clonadas. "Provavelmente, foram retiradas de alguma reserva ambiental."

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