Mãe de cardeal austríaco torce para que ele não se torne papa

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A mãe do cardeal austríaco Cristoph Schoenborn espera que ele não se torne papa, porque teme nunca mais vê-lo e que ele fique oprimido com as intrigas do Vaticano. "A família toda está com medo que Cristoph seja eleito papa", disse Eleonore Schoenborn, de 92 anos, ao jornal Kleine Zeitung, em entrevista publicada nesta terça-feira. Relembrando o discurso de despedida do papa Bento 16, que deixou claro que os papas pertenciam completamente à Igreja, ela disse que a elevação de seu filho significaria que ele "estaria acabado para mim. Então, eu nunca mais veria Cristoph de novo, porque não tenho mais força para viajar a Roma." Schoenborn, de 68 anos, é mencionado frequentemente como um possível candidato papal, à medida que os 115 cardeais-eleitores reúnem-se nesta terça-feira no Vaticano para o começo do conclave que vai eleger o novo líder da Igreja. Ex-aluno de Bento, com um toque pastoral que faltava ao pontífice emerito, o arcebispo de Viena se tornou uma estrela ascendente desde que editou o catecismo da Igreja, nos anos 1990. Porém, algumas posturas cautelosas sobre reformas e uma forte dissidência de alguns padres austríacos podem prejudicá-lo. Eleonore disse que encontra com o filho em Viena por algumas semanas todos os anos, e que Cristoph liga para ela, que vive do outro lado do país, na província de Vorarlberg, todos os domingo. Ele tem uma mão firme para conduzir a arquidiocese de Viena, porém liderar os 1,2 bilhão de católicos do mundo seria um desafio muito grande para Schoenborn, disse ela. "As intrigas em Viena são suficientes para ele", contou a mãe do cardeal, acrescentando que ele ficava muito irritado quando as pessoas eram desonestas. Mas o jornal disse que o cardeal afirmou à família antes do conclave: "Não se exaltem. Eu certamente não serei papa". (Reportagem de Michael Shields)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.