
24 de agosto de 2009 | 15h08
Autoridades religiosas da Malásia adiaram nesta segunda-feira a execução da pena de uma muçulmana condenada a chibatadas pelo consumo de bebidas alcoólicas até o final do mês sagrado do Ramadã.
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A sentença de Kartika Sari Dewi Shukarno, de 32 anos e mãe de duas crianças, gerou críticas de grupos de direitos preocupados pelo aumento de leis islâmicas no país tradicionalmente moderado --embora Kartika tenha aceitado a punição.
Kartika foi liberada de uma van que a transportaria à prisão no Estado de Pahang, no leste da Malásia, onde ela cometeu o crime admitido por ela e pelo qual deseja ser punida em público.
"A punição não foi cancelada, foi adiada devido ao Ramadã", disse à Reuters Mohamad Sahfri Abdul Aziz, conselheiro executivo para religião, trabalho missionário e união do Estado de Pahang.
O Ramadã, período de jejum e reflexão para muçulmanos, começou no sábado e dura por um mês. Mohamad Sahfri afirmou que a decisão foi tomada após consultas com o procurador-geral da Malásia.
Kartika, que admitiu ter bebido cerveja em um hotel em Pahang em dezembro de 2007, disse que aceita a sentença, mas deseja ser tratada com justiça.
"Estou chocada, mas sigo firme com a minha decisão", disse Kartika a repórteres após o Estado ter anunciado o adiamento da execução da sentençã
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