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Manaus é invadida por caramujos africanos

O molusco importado já tomou conta de vários bairros da cidade e em contato com humanos, ele pode causar meningite e peritonite

Por Agencia Estado
Atualização:

Manaus ganhou uma nova preocupação: caramujos africanos. Pode até parecer brincadeira, mas o molusco importado já tomou conta de vários bairros da cidade e colocou em alerta as autoridades sanitárias. Em contato com humanos, ele pode causar meningite e peritonite. Técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) e da Prefeitura de Manaus já declararam guerra aos Achatina Fulica, nome científico dos caramujos. A meta é criar uma rede de contenção para manter os bichos nos bairros onde foram localizados e impedir que se espalhem pelo restante do Estado. Tarefa que parece ser muito difícil. O caramujo africano, por ser importado, não possui predadores naturais no Amazonas. E o mais grave: é hermafrodita, podendo se reproduzir sem precisar do sexo oposto. E cada gestação, que pode se repetir em até 15 vezes por ano, são produzidos em média 500 ovos. O caramujo chegou ao Brasil no início da década de 80, trazido por criadores que queriam substituir o dispendioso scargot. A experiência não deu certo e, sem ter o que fazer com os bichos, os próprios criadores os soltaram no meio-ambiente, talvez achando que eles não resistiriam por muito tempo. Mas a capacidade de reprodução fez com que o caramujo possa ser encontrado hoje em praticamente todo o País. Os técnicos do Ibama e da Prefeitura pedem aos moradores dos bairros infestados pelos caramujos de participarem da caçada. Para guardar os bichos até a chegada dos carros de transporte, serão espalhados latões por várias regiões. Mas advertem que os bichos somente devem ser manuseados com proteção de luvas ou mesmo com um saco plástico. O contato pode ser contagioso.

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