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Marina diz que só teve 6 meses de ação por florestas

Ministra tem de sair em defesa do governo ante críticas feitas em todo o mundo contra o desmatamento

Por Agencia Estado
Atualização:

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, teve de sair em defesa do modelo de preservação adotado para a Amazônia, ante a péssima repercussão causada pelos dados sobre o desmatamento de 26.130 quilômetros quadrados no período de agosto de 2003 a agosto de 2004. Em entrevista coletiva a correspondentes estrangeiros, Marina disse que o modelo adotado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva ainda não pode ser julgado, pois está há apenas seis meses em execução. Ela afirmou ainda que pela primeira vez é aplicado no Brasil um plano estrutural multissetorial e de desenvolvimento sustentável, que, além do Ministério do Meio Ambiente, incorpora outras 12 pastas do gabinete de governo. "Pela primeira vez estamos apresentando cifras transparentes, sobre as quais não há nada o que comemorar, mas que mostram uma diminuição no ritmo do desmatamento", disse. Segundo dados da ministra, entre 2001 e 2002, o desmatamento cresceu 27%. Porém, desde então, este crescimento se mantém em 6%, ao passo que em vastas região da Amazônia se chegou a observar uma paralisação total da destruição das florestas. Marina explicou que nos dois anos e meio que Lula está no poder foram criadas nove grandes áreas de proteção ambiental, nas quais o plantio é proibido. Ainda segundo ela, tais reservas fazem divisa com as novas fronteiras agrícolas, o que supõe um freio ao desflorestamento. A ministra admitiu as críticas dos movimentos sociais, que na semana passada levaram o Partido Verde a abandonar a coalizão com o PT no governo. No entanto, ela destacou que quando o balanço ainda não é favorável, também não é hora de fazer julgamentos definitivos. "A expectativa é que os resultados positivos comecem a aparecer ainda este ano", declarou Marina, que não descartou uma revisão dos planos se o desmatamento continuar avançando. A ministra disse que nos últimos dois anos e meio foram contratados pelo governo 600 novos fiscais ambientais, que permitiram o aumento do número de operações destinadas ao combate das quadrilhas de tráfico de madeira que operam na Amazônia. Segundo dados oficiais, desde 2003 foram apreendidos 185.000 metros cúbicos de madeira extraída ilegalmente.      estatísticas sobre florestas

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