Ministra britânica faz alerta sobre aquecimento global

Conferência reúne cerca de 200 cientistas de todo o mundo para analisar dados e fazer previsões sobre mudanças climáticas

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Por Agencia Estado
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A ministra britânica do Meio Ambiente, Margaret Beckett, abriu nesta terça-feira uma conferência científica internacional sobre mudanças climáticas afirmando que não há mais dúvidas de que "as temperaturas continuarão aumentando" e que maiores alterações no clima são quase inevitáveis. A representante do governo britânico defendeu uma "mudança radical" internacional para impedir que o efeito estufa tome proporções devastadoras. "Temos de agir agora para tentar limitar o alcance do efeito estufa no futuro", disse ela. Margaret Beckett assumiu oficialmente a previsão de que a temperatura da Terra deve aumentar entre 1,5 e 6 graus centígrados neste século, e que ondas de calor como a que atingiu a Europa em 2003 podem ser mais freqüentes. As declarações da ministra foram feitas na abertura da conferência intitulada "Evitar a Perigosa Mudança Climática", que reúne cerca de 200 cientistas de todo o mundo no Centro Hadley de Pesquisa e Previsão do Clima, dentro do novo complexo do Serviço Meteorológico na cidade de Exeter, Condado de Devon. Nos próximos três dias, os especialistas analisarão dados sobre o clima no mundo e tentarão definir os níveis de perigo das mudanças climáticas previstas. Segundo a agência Efe, entre os dados levados a análise na reunião estão os relativos às camadas de gelo na Antártida, ao aumento do nível dos mares e aos gases na atmosfera. A diretora do Programa de Previsão do Clima do Centro Hadley de Exeter, Vicky Pope, disse que os gases de efeito estufa que se acumulam na atmosfera terão conseqüências maiores sobre o clima em 30 ou 40 anos. Ambientalistas do Friends of the Earth fizeram um protesto em frente ao edifício para pressionar o governo britânico a promover uma redução dos gases de efeito estufa. Eles aprovam o empenho do governo de Tony Blair em liderar os países ricos em medidas ambientais, mas criticaram a falta de iniciativas em seu próprio território.  leia mais

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