Ministra pede que pesquisa ande junto com biossegurança

Marina Silva participa da autorização de teste com batata transgênica da Embrapa, com Rodrigues e Furlan

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Embrapa recebeu autorização para testes de campo com a batata transgênica numa cerimônia que reuniu, na quarta-feira, ministros com posições divergentes sobre o assunto: Roberto Rodrigues (Agricultura) e Luiz Furlan (Desenvolvimento), que defendem os transgênicos, e Marina Silva (Meio Ambiente), que é contra. Marina disse que as autorizações concedidas pelo Ibama para pesquisa com variedades transgênicas de mamão, feijão e batata demonstram que a pesquisa tem valor e que ela precisa andar passo a passo com a biossegurança. "Precisamos de um trabalho de política ambiental integrado que permita o avanço da pesquisa", disse ela. A ministra lembrou que a área de licenciamento do Ibama tinha muitas dificuldades e faltava uma estrutura adequada que permitisse autorizações rápidas, mas que agora, com reestruturação do setor, os licenciamentos são menos demorados. Batata resistente A batata transgênica que será plantada pela Embrapa em área de testes é resistente ao vírus Y, o chamado mosaico da batata. Se os estudos derem certo, a variedade poderá ser oferecida aos produtores em até três anos. Esta é a expectativa é do coordenador de projeto, André Dulsi, da Embrapa. Ele disse que o mosaico da batata é um dos principais problemas da produção nacional. ?As perdas dependem do grau de infestação das lavouras. Numa lavoura 100% infectada, a produção pode ter quebra de até 80%.? Dulsi disse que o trabalho poderia estar ainda mais avançado. Em 1999 e 2000, a Embrapa já tinha feito experiências, mas uma decisão judicial impediu a realização da terceira fase dos experimentos. ?Vamos fazer a pesquisa por três anos, pois os trabalhos de 99 e 2000 se perderam.? Os testes de campo começarão na próxima semana, com o plantio numa área de 122 metros quadrados na unidade de hortaliças da Embrapa, em Brasília.

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