
29 de fevereiro de 2008 | 16h39
A missão principal da Nasa para a exploração de Marte está enfrentando problemas e elevação de custos, o que pode ameaçar seu lançamento, previsto para o próximo ano. Michael Griffin, administrador da agência espacial norte-americana, disse numa audiência do Congresso americano neste mês que os engenheiros que trabalham no Mars Science Laboratory tiveram que replanejar sua blindagem térmica, após testes indicarem que a proteção poderia não suportar a entrada na atmosfera de Marte. Estima-se que o trabalho extra adicione entre US$ 20 milhões a US$ 30 milhões aos custos do projeto, de US$ 1,8 bilhão, que já apresenta US$ 165 milhões além do orçamento inicial. A Nasa continua esperando que o lançamento aconteça em 2009, mas já planeja viagens alternativas em 2010 e 2011, informou Griffin. "As coisas vêm acontecendo mais devagar do que gostaríamos", disse. Qualquer atraso no laboratório espacial poderia causar um adiamento maior para a missão da agência, que recentemente postergou o envio de uma sonda atmosférica ao planeta, por divergências de interesses no processo de compras para o projeto. O Mars Science Laboratory será a mais cara e avançada sonda não-tripulada já enviada à superfície de Marte. O robô móvel de 3 metros é maior e pode ir mais longe que os exploradores gêmeos Spirit e Opportunity, que após 4 anos de missão ainda continuam na ativa. Os robôs encontraram evidências geológicas da existência de água no planeta. O objeto da nova missão é determinar se o meio ambiente de Marte foi alguma vez favorável ao surgimento de vida microbiana, usando sofisticados instrumentos para a análise e transmitindo as descobertas para Terra. As informações trazidas pelo projeto ainda deverão ser usadas para ajudar a Nasa a preparar uma missão tripulada ao planeta a longo prazo, depois de um retorno a Lua.
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