Missão da Nasa entra com sucesso na órbita da Lua

Lunar Reconnaissance Orbiter viajou quatro dias e meio e deve ficar em órbita durante pelo menos um ano

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Por Redação
Atualização:

Depois de uma viagem de quatro dias e meio, a Lunar Reconnaissance Orbiter, ou LRO, entrou com sucesso na órbita da Lua. Engenheiros do Goddard Space Flight Center da Nasa confirmaram sua entrada nesta terça-feira, 23.

 

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Durante a jornada da LRO para a Lua, engenheiros realizaram uma correção em seu curso para colocar a nave na posição correta para atingir sua órbita. Como a Lua está sempre se movendo, a nave foi lançada para um ponto mais distante que o satélite da Terra. Quando estava se aproximando, a LRO usou seu motor para diminuir a velocidade até que a gravidade da Lua a colocasse em sua órbita.

 

"A inserção na órbita lunar é um ponto crucial para essa missão", disse Cathy Peddie, gerente de projeto da LRO. "A missão não pode começar até que a Lua nos capture. Tendo entrado na órbita lunar, nós podemos começar a construir o banco de dados necessário para entender com mais detalhes a topografia, características e recursos lunares. Estamos tão orgulhosos de ser uma parte dessa emocionante missão e do planejamento da Nasa para o retorno à Lua."

 

A Nasa havia lançado na quinta-feira, 18, a bordo de um único foguete Atlas 5, duas sondas, LRO e Lcross, que estudarão a Lua em busca de sinais de gelo e de locais para um futuro desembarque de astronautas. O plano de exploração espacial da Nasa, que se encontra em revisão, atualmente prevê o retorno de seres humanos à Lua em 2019, a bordo de uma nova geração de naves, que começou a ser desenvolvida após o desastre do ônibus espacial Columbia, em 2003.

 

A busca por gelo é parte da prospecção de um terreno para uma futura base lunar. Ele seria um recurso precioso, fornecendo não só água, mas também combustível e oxigênio aos astronautas e reduzindo, assim, a massa total de insumos que teria de ser lançada da Terra para sustentar os habitantes de um posto lunar.

 

A LRO deverá ficar em órbita do satélite durante pelo menos um ano, a cerca de 50 km da superfície, fazendo leituras com uma série de instrumentos. Entre eles, há um detector de nêutrons, para mapear a distribuição de hidrogênio na Lua e avaliar o risco da radiação ambiente para os futuros astronautas, e um altímetro laser, para mapear detalhadamente a topografia.

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Já a sonda Lcross vai se dividir em duas seções, que colidirão, a uma velocidade de mais de 7.000 km/h, com o fundo de uma cratera localizada perto do polo sul da Lua. O objetivo é produzir uma massa de dejetos que possa ser analisada por cientistas, a fim de determinar se há gelo no local do impacto. A colisão deve ocorrer no início de outubro.

 

(Com Carlos Orsi, do estadão.com.br)

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