10 de novembro de 2014 | 11h28
A espaçonave Rosetta alcançou o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko em agosto. Na terça-feira à noite, a equipe da Agência Espacial Europeia decidirá se vai aprovar o envio da sonda para pousar no cometa.
Os cometas -corpos celestiais compostos de poeira, gelo e moléculas complexas- são os primórdios do nascimento de nosso sistema solar de 4,6 bilhões de anos. A missão da sonda é juntar amostras do cometa para analisar o desenvolvimento da Terra e de outros planetas.
“É basicamente uma máquina do tempo que contém pistas da composição do sistema solar”, disse Fred Jansen, diretor da missão Rosetta.
A cápsula de pouso, chamada Philae, deve ser lançada na quarta-feira pela manhã (horário local) para descer à superfície do cometa, em uma manobra que deve durar sete horas. Durante esse tempo, a Philae enviará de volta informações sobre a poeira e sobre os gases que encontrar à medida que se aproxima do cometa.
O tempo, o ângulo e a velocidade da cápsula são cruciais porque, quando estiver a caminho, não há nada que os cientistas possam fazer para mudar a trajetória.
Isso soma-se aos riscos de um pouso seguro, considerando que a superfície do cometa não é suave para uma aterrissagem, cheio de crateras, penhascos e entulhos do tamanho de casas.
“Temos que ter um pouco de sorte”, disse o diretor de voo, Andrea Accomazzo.
(Por Victoria Bryan e Maria Sheahan; Reportagem adicional de Irene Klotz, em Cabo Canaveral)
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