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Monitoramento de extração de madeira será testado em agosto

É nesta data que quatro madeireiras, com atuação nos Estados do Amazonas e Pará, começam a participar de um projeto-piloto conduzido pelo programa Pró-Manejo, do Ibama e PPG-7

Por Agencia Estado
Atualização:

A idéia de usar o monitoramento por satélite para acompanhar a extração madeireira na região amazônica, defendida pelo presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Marcus Luiz Barroso Barros, deve ser testada na prática em agosto. É nesta data que quatro madeireiras, com atuação nos Estados do Amazonas e Pará, começam a participar de um projeto-piloto conduzido pelo programa Pró-Manejo, do Ibama e PPG-7. Se tudo correr como planejado, técnicos esperam que, a partir do próximo ano, toda as empresas passem a ser obrigadas a atuar com equipamentos que permitam o acompanhamento à distância. ?O sistema, por si só, não vai impedir a extração ilegal de madeira?, admite a assessora técnica do Pró-Manejo, Cristina Galvão Alves. Ela acrescenta, no entanto, que o novo método será um recurso importante para detectar indícios de irregularidades cometidas pelas empresas. Além disso, o sistema será útil para acompanhar o trabalho de fiscalização. ?Ficará mais fácil perceber se houve falhas ou omissões dos fiscais?, garante. O trabalho pretende abastecer centros informatizados com dados sobre os várias áreas de manejo florestal. Nos arquivos, constará, por exemplo, a área em que a extração será feita, o volume e a espécie da madeira extraída. Também serão registrados os percursos que o caminhão de transporte terá de fazer até chegar às serrarias ou laminarias. Ao embarcarcar no caminhão, o motorista terá de registrar em um computador de bordo várias informações solicitadas. Isso substituirá as guias de autorização de transportes florestais. ?O novo sistema dará muito mais subsídios para o fiscal?, defende Cristina. Além do computador de bordo, o caminhão terá de ser equipado com uma antena, que permite o rastreamento por satélite. O problema está no custo desse trabalho: as empresas terão de gastar cerca de R$ 10 mil a R$ 12 mil pelo novo equipamento. ?O manejo é uma atividade que pode durar 20, 30 anos. É um investimento importante, mas certamente haverá financiamentos. Sem falar que as guias, que custam R$ 10 por viagem, não precisarão mais ser emitidas?, afirma Cristina. O sistema de rastreamento vai exigir que fiscais recebam um treinamento específico. Cristina informa que iniciativa parecida foi colocada em prática nos Estados Unidos, para acompanhar o transporte de peixes. ?Há bons resultados com o roubo de cargas, também. É um investimento importante, mas sem dúvida, teremos um avanço nesta área.?

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