Moradores denunciam poluição de rio no Vale do Paraíba

A fiscalização da Cetesb não encontrou evidências de poluição no rio Piquete, que teria sido provocada pela Indústria de Material Bélico.

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Por Agencia Estado
Atualização:

A fábrica Presidente Vargas, da Imbel, Indústria de Material Bélico, instalada na cidade de Piquete, no Vale do Paraíba, está sendo acusada pelos moradores da cidade de estar contaminando o Rio Piquete, que corta a cidade e é um dos afluentes do Paraíba do Sul. A suposta contaminação foi denunciada na manhã de domingo por moradores de bairros próximos ao Rio Piquete. Eles ligaram para a Polícia Ambiental de Lorena e para a Cetesb, dizendo que a água do rio estava vermelha. O vendedor Dione Pereira afirmou que viu peixes mortos nas margens do rio. Já o pecuarista Arthur de Almeida colheu amostras da água e disse que esta não foi a primeira vez que isso acontece: "Aqui sempre tem problemas assim". As amostras comprovam que a coloração da água estava alterada. Técnicos da Cetesb foram até o local na manhã de hoje, na tentativa de recolher o material e encontrar peixes mortos, mas nada foi localizado. Segundo a assessoria de imprensa da Cetesb, a denúncia não pôde ser comprovada, já que a água apresentava coloração e densidade normal e não havia peixes mortos. O superintendente da fábrica, coronel Wagner Pinheiro Carine, informou que os técnicos fizeram uma fiscalização detalhada na fábrica e não constataram nenhum problema: "Todos os líquidos produzidos aqui passam pela Estação de Tratamento de Efluentes". Carine enfatizou a responsabilidade da Imbel com o meio ambiente, informando que a fábrica é vistoriada com freqüência por órgãos como Cetesb e Ibama. "Aqui o ar é quase 100% limpo", afirmou o superintendente. A fábrica de Piquete é uma das cinco unidades da Imbel e está instalada na cidade há 93 anos, produzindo atualmente pólvora e explosivos.

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